Eu sigo.
Continuo.
Respiro, inspiro, tento soltar, e ainda assim existir. Mas mesmo assim cada dia é uma jornada imensa na direção de um reencontro. Ou renascimento, talvez.
Minha mente mantém os antigos registros de verdades, vivências, lutas e curas geradas. Infinitamente controlada por eles, se torna meu grande desafio diário.
Que diria? Eu, a mentalmente sã, a funcional e lógica, a acertiva lúcida, dizendo que a a mente me prega peças.
A humanidade se questionando lá fora se poderia controlar ou não uma Super Inteligência Artificial, sendo que não controla nem mesmo a própria mente... Onde está a dúvida minha Deusa?
As "Inteligências", sejam as naturais ou artificiais, apenas armazenam o que já viram e tiram conclusões futuras baseadas em fatos passados. Apenas isso. Não há criatividade, não há revolução, não há o Novo. Não há Cura.
Para sobreviver, me proteger, não sofrer, alcançar metas e ser operacional e útil, deixei meu campo mental tão vasto e poderoso, que sinto tudo permeado por ele, como uma grande IA. Mas é minha.
Ela manda. Ela reage, ela cria. Ela chegou a conclusão de que outra forma de fazer cria dor, uma após a outra, e dor cria fraqueza, frustração, tristeza... E este é um lugar muito desconfortável de estar. Neste lugar precisamos de resgate, e sinceramente... Ele pode não vir.
Então, continue. Caminhe. Siga. Enfrente. Supere. Mantenha.
Eu mantenho. Mas até onde? Para que mesmo? Com que norte?
Nublado.
O mundo mudou demais, verdades antigas foram transformadas, e nada mais pode ser visto como foi. A mente fica insegura. Afinal ela se baseia no que já viveu, e se isso não conta mais... O que conta?
Não sei responder com certeza. Para a mente não sei. Apenas sei o que conta para a alma.
Leveza. Liberdade. É o que a alma clama sem parar, debaixo das camadas mentais duras e tão inflexíveis. A alma precisa respirar.
A minha respira pelo som do Espírito, e quando O encontra, vê a Luz, e tudo está bem. Tento segurar a sensação o máximo que posso, mas inevitavelmente quando aterro os pés na matéria, tudo se desfaz. Volta a dureza, o foco, a desconfiança criada por tantas frustrações, abandonos e perdas, e a mente assume seu papel superprotetor.
Uma dinâmica doente e improdutiva, tenho completa consciência disso. Mas confesso que neste limite de forças, está sendo desafiador resistir, sentir, criar ou soltar a tal dinâmica instalada.
Meu corpo emocional se comporta como um bichinho machucado sentindo tanta dor que se torna raivoso, afasta até a ajuda. Tudo que ele quer é não sentir mais dor. Só isso. E qualquer movimento dói ... Até o de cura.
Neste momento invoco a Grande Mãe. A mentora da Vida em Gaia, a Senhora de Todas, e nas Rodas de Irmandade eu suplico compreensão.
Uma onda de Luz se faz, minha alma se desprende, e entro na Ilha de Mãe Kuan Yin, navegando nos mares revoltos das emoções descontroladas e intensas, e aporto na sua praia pedindo abrigo.
Ali, todas somos recebidas. Ali, somos apenas suas Filhas. Ali, o peso pode ser deixado de lado.
Peço para encontrar minhas fragilidades e abraçar todas elas como quem abraça uma grande irmã. Sentir que são portas do Sentir, que me dão beleza e cor mesmo na escuridão e que são meu caminho de Cura.
Descansar.
Apenas isso.
O que será depois, ainda não sei, mesmo porque saber é função da mente e aqui ela não é nem ativada.
Fluirei então, recarregando minha alma, tentando fechar minhas chagas e reencontrar meu Ser completo, com todas as suas partes. Preciso muito da Mãe. Ela me acolhe.
Não sou apenas o que gero e ofereço, sou o que sinto e vibro, e este caminho de Consciência agora precisa ser refeito.
Jornada. Ninguém larga a mão de ninguém. Vamos todas juntas para o reencontro com nós mesmas. Gratidão.
E assim é.
Caminhos semelhantes....dores que nem sempre aprendemos por teimosia e continuamos.
ResponderExcluirMas chegaremos lá. 😊
Um dia...
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Fá