segunda-feira, 4 de junho de 2012

Aurora



A cada manhã penso poder renascer,
secar minhas lágrimas com o orvalho que evapora,
e exalar a bela aurora,
com os sonhos que tento esconder.
A brisa gelada que o dia carrega
poderia ser a magia dos sonhos adormecidos,
que cansaço ás vezes entrega
aos momentos sem querer não vividos
que tento em vão esquecer
A cada manhã sonho encontrar
dentro de mim
um belo e exuberante jardim
a me encantar
Eu danço com os primeiros cantos 
dos belos pássaros que viajam no meu sonhar
Existe um "quê" de magia
na natureza ao acordar,
quando a noite de despede e beija o dia,
quando se pode ver o que antes só se sentia,
diante do misterioso luar.
Enebria o encantamento
de se acreditar
que em um ínfimo momento 
luz e sombra possam se beijar

O encontro provoca a emoção
do impossível que acontece,
do escuro que ilumina, 
onde o todo se enaltece.
Mas a aurora em momentos se finda,
como todo êxtase permitido,
e minha vontade tão linda,
dá lugar ao ser que compreende,  redimido.

São dois, lua e sol separados,
que, para ao mesmo tempo serem amados,
terão que esperar, resignados,
até o próximo belo momento,
quando a Grande Mãe em movimento,
verterá na exuberante fauna e flora,
outra inesquecível aurora,
unindo os opostos, complementando,
casando o que se foi e o que será, criando,
o que é somente e simplesmente,
o tão desafiante agora.

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